Até hoje, o branding tem sido a principal ferramenta para construção de marcas fortes. Marcas essas que hoje em dia dividem o espaço de potência mundial com nações inteiras. A “personalidade” da marca é trabalhada a ponto de ela ser comparada a uma religião, com ideais e seguidores. Sendo assim, empresas carregam com si uma enorme responsabilidade social, cultural e ambiental.
Essas responsabilidades se tornam fardos desagradáveis quando o objetivo é o lucro, ou o aumento das vendas. Pelo menos é o que diz aquele com uma visão tradicional. Consultores de sustentabilidade apresentam soluções para mascarar empresas com um disfarce verde, e fazê-las parecer que estão se preocupando com o mundo e fazendo sua parte. Como se fosse uma check-list para escapar dos atrasos causados pela preocupação ambiental, e continuar a produção de forma rápida e com uma consciência mais leve.
Porém, esse chamado green washing já não cola mais. O fato de você trocar a papelaria da sua empresa por papel reciclado e dizer que planta uma árvore a cada produto vendido não é o suficiente. Consumidores estão cada vez mais exigentes, querendo um serviço cada vez mais especializado, e buscando produtos com integridade garantida. Soluções clichê não o atraem mais.
Por que então devemos enxergar a responsabilidade ambiental como um obstáculo para a sobrevivência da empresa ?
Por que os consumidores sempre são considerados o fim do ciclo de vida de produtos ?
Por que não olhamos para a própria natureza, buscando soluções que nos ajudem a cuidar dela mesma ? Afinal é o maior projeto de todos, e está bombando desde muito antes de existirmos.
Foi com essas perguntas e outras que Fred Gelli, e a equipe do núcleo de ecoinovação da Tátil elaboraram o projeto Branding 3.0 . A idéia é que seja um estudo constante, feito coletivamente por profissionais de diversas áreas, a fim de afinar conclusões que ajudem empresas a entenderem sua essência, e com isso estarem alinhadas com a sua posição social e ambiental no mundo. A análise completa de uma marca e sua essência é o que de fato vai responder como ela pode contribuir integralmente para o seu ambiente, e ao mesmo tempo obter o reconhecimento e a afetividade dos seus “desfrutadores”, os antigos consumidores. São as soluções de baixo impacto ambiental, e alto impacto sensorial.
E quem melhor pra explicar isso tudo do que o próprio Fred :
O Branding 3.0 é uma abordagem que estamos construindo de forma coletiva, estudando muito, compartilhando saberes, debatendo e formando nossa rede. A idéia é colocar a lente econômica, social, cultural e ambiental para avaliar o posicionamento das marcas no atual paradigma de negócios e, num mergulho profundo, rever sua essência, seu propósito, sua razão de ser.
Depois de um grande diagnóstico, colocar a lente de cada marca, que é única, e reposicioná-la no novo paradigma de negócios, que precisa gerar valor sustentável para as pessoas, as empresas e o planeta.
Fred Gelli, diretor da Tátil Design, explica melhor o que é o projeto Branding 3.0.
Branding 3.0 is an approach that we are building a collective way, studying hard, sharing knowledge, debating and building our network. The idea is to place the economic, social, cultural and environment lens to evaluate the brand positioning within the current business paradigm, and take a deep dive to review its essence, its purpose, its reason for being. After a great diagnosis, place lens of each brand, which is unique, and reposition it in the new business paradigm, which needs to generate sustainable value for people, businesses and the planet. Fred Gelli, director of Tátil Design, explains what the project is.
E pra continuar o estudo …
Web:- Blog Branding 3.0 – Blog oficial do projeto Branding 3.0, com artigos relacionados ao estudo, e compêndios dos encontros organizados para a discussão sobre o assunto.
- Ask Nature – Site do projeto Ask Nature, de Janine Benius. É um banco de dados de artigos e cases nos quais você pode buscar como a natureza solucionaria problemas do jeito dela.
- Nike Considered: Air Hobbit vs. Trash Talk – O case de como a Nike aprendeu a aplicar sua essência em ecoinovação, depois do fiasco do Air Hobbit.
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